Arte Bizantina
Após
a divisão do Império Romano em duas partes em função de conflitos políticos e
problemas com as fronteiras, o Imperador
Constantino transferiu a
capital do império para Bizâncio, adotando o nome de Constantinopla.
A então capital Constantinopla foi o centro artístico mais importante desse
período (séculos V e XV).
Depois
que o Imperador Constantino outorgou o Édito de Milão (promulgado a 13 de junho de 313 pelo imperador Constantino (306-337),
assegurou a tolerância e liberdade de culto para com os cristãos, alargada a
todo o território do Império Romano), que impedia que os cristãos fossem perseguidos,
o Cristianismo tomou o rumo do crescimento. Os cristãos ganharam o direito de
professarem livremente sua religião. Foram aparecendo as igrejas cristãs e com
elas um novo estilo artístico que deflagrou a Arte Bizantina.
A
arte bizantina, em função de sua localização geográfica, incorporou
características do oriente como Ásia Menor e Síria, além de influências
greco-romanas.
A arte bizantina se destacou na pintura, na
escultura, mas foi o mosaico e a arquitetura que se destacaram de
forma mais expressiva. Ao contrário do que parece ela não tinha apenas
finalidade decorativa, mas também possuiu um objetivo didático e educativo ao
orientar os fiéis, especialmente os analfabetos, no entendimento das passagens
bíblicas por meio de reproduções da vida de Cristo. Em função disso os artistas
deveriam seguir fielmente um padrão e as tradições, desse modo os artistas não
poderiam mais seguir sua imaginação e criatividade.
A
arte Bizantina pode ser dividida em dois momentos que marcam essa divisão que se
deu em função de ideias e conflitos religiosos e filosóficos que acabaram por
destruir grande parte das pinturas, esculturas e mosaicos das igrejas.
Os grupos que eram contra qualquer imagem de natureza religiosa eram
chamados de iconoclasta (O termo iconoclastia significa literalmente “quebrador de
imagem”. Iconoclastia é o nome do movimento político-religioso que iniciou no
Império Bizantino no século VIII e que rejeitava a veneração de imagens religiosas
por considerar o ato como idolatria). Somente por volta do século IX é que as
imagens voltam a decorar as Igrejas.
A arte Bizantina é uma arte de caráter,
eminentemente religioso.
Principais características:
Pintura
Bizantina não
foi muito bem desenvolvida, pois sofreu a oposição do movimento iconoclasta.
Este movimento, surgido na época, questionava a adoração de ícones como imagens
e quadros de santos.
Segundo
a prática monoteísta, só Deus pode ser adorado e qualquer outra forma de
veneração ou contemplação é repudiada e considerada idolatria. Desta forma, as
estátuas e quadros não eram admitidas.
As
técnicas de pintura variavam entre tipos distintos. Existiam trabalhos de
pintura em quadros, em painéis portáteis, ilustrações de livros e afrescos. Com
predominância da temática cristã. As imagens privilegiavam as figuras de Cristo
e da Virgem Maria.
Destaque para os afrescos (pinturas
feitas em paredes, principalmente de igrejas), miniaturas (para ilustrar
livros) e ícones (pinturas em painéis). O tema religioso predominou,
principalmente a pintura de imagens de Cristo e da Virgem Maria.
Arquitetura
Neste campo artístico destacaram-se as construções
religiosas. Igrejas majestosas, espaçosas e imponentes, destacaram-se como
expressão da arquitetura neste período. Para possibilitar estas características
foi necessário o uso de cúpulas, com sustentação por meio de colunas. Estas
exibiam capiteis (parte superior da coluna) decorados com ouro. E assim eram
construídas as igrejas bizantinas. A Igreja da Ressurreição é um exemplo do jogo de cores e
detalhes expressados na arquitetura bizantina.
Na arquitetura podemos destacar a
construção de grandes e imponentes igrejas, cuja característica principal era a
presença de cúpulas sustentadas por colunas. As decorações e pinturas
religiosas, no interior das igrejas, eram muito utilizadas. O principal exemplo
deste tipo de arquitetura é a Basílica de Santa Sofia (localizada na atual
Istambul).
Escultura
Muito influenciada pelo Oriente, tinha características
como: a rigidez, a uniformidade, a presença de folhagens estilizadas, contava
com linhas geométricas bem demarcadas, e a ausência de naturalidade. Um
material muito usado era o marfim.
Mosaicos
Os
mosaicos ganham destaque especial na arte Bizantina como expressão máxima desse
período. Os mosaicos eram confeccionados com pequenos pedaços de pedras e
vidros sobre cimento fresco. Os mosaicos ilustravam além das passagens
bíblicas, retratos do imperador. Justiniano e seu Séquito (547 d.C.) é um bom
exemplo da aplicação dessa técnica. Nele as figuras humanas são representadas
com corpos alongados e rígidos, cabeças e pés pequenos com grandes olhos, toda
representação de movimento na cena é excluída, sugerindo um novo ideal de
beleza.
Leia
o texto e responda as questões abaixo: (Responda no caderno)
A intolerância religiosa é um dos
problemas mais delicados do mundo. O fanatismo religioso conduz algumas pessoas
a realizarem guerras ou conflitos contra as outras, em nome de sua
religião. A questão é preocupante porque envolve o ser humano em sua mais
pura essência quando sua crença religiosa é colocada em jogo.
Intolerância religiosa é um termo
que descreve um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e
práticas religiosas. Que somadas a falta de habilidade ou a vontade em
reconhecer e respeitar diferentes crenças de terceiros, é considerado um crime
de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.
Neste contexto, a perseguição
pode tomar vários rumos, desde incitamento ao ódio até a torturas e
espancamentos.Mas a perseguição não é um problema atual. Ela ocorre desde os primórdios da antiguidade, quando os primeiros cristãos foram perseguidos por judeus e pagãos. “Depois que o Imperador Constantino outorgou o Édito de Milão, que impedia que os cristãos fossem perseguidos, o Cristianismo tomou o rumo do crescimento. Os cristãos ganharam o direito de professarem livremente sua religião”.
- O direito de ter uma religião e crer num ser divino;
- O direito de não ter uma religião e não crer em um ser divino;
Durante o século XX, a perseguição
religiosa atingiu proporções nunca vistas na história. A perseguição em massa
dos povos judeus pelos nazistas, fase mais conhecida como o Holocausto, vitimou
milhares de pessoas, não apenas pela raça, mas especificamente contra os seus
ideais religiosos.
Reconhecendo que a prática de
intolerância religiosa constitui violação no Estado Democrático de Direito,
contribui não apenas para preservar os direitos fundamentais das pessoas, mas
também para a laicidade do Estado, que tem por finalidade construir uma
sociedade livre, justa e solidária.
Diante deste conceito amplo, podemos
resumir como liberdade religiosa:
- O direito à neutralidade religiosa em espaços de uso comum (públicos).
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