segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Arte Bizantina

Arte Bizantina



            Após a divisão do Império Romano em duas partes em função de conflitos políticos e problemas com as fronteiras, o Imperador Constantino transferiu a capital do império para Bizâncio, adotando o nome de Constantinopla. A então capital Constantinopla foi o centro artístico mais importante desse período (séculos V e XV).
            Depois que o Imperador Constantino outorgou o Édito de Milão (promulgado a 13 de junho de 313 pelo imperador Constantino (306-337), assegurou a tolerância e liberdade de culto para com os cristãos, alargada a todo o território do Império Romano), que impedia que os cristãos fossem perseguidos, o Cristianismo tomou o rumo do crescimento. Os cristãos ganharam o direito de professarem livremente sua religião. Foram aparecendo as igrejas cristãs e com elas um novo estilo artístico que deflagrou a Arte Bizantina.
            A arte bizantina, em função de sua localização geográfica, incorporou características do oriente como Ásia Menor e Síria, além de influências greco-romanas.
            A arte bizantina se destacou na pintura, na escultura, mas foi o mosaico e a arquitetura que se destacaram de forma mais expressiva. Ao contrário do que parece ela não tinha apenas finalidade decorativa, mas também possuiu um objetivo didático e educativo ao orientar os fiéis, especialmente os analfabetos, no entendimento das passagens bíblicas por meio de reproduções da vida de Cristo. Em função disso os artistas deveriam seguir fielmente um padrão e as tradições, desse modo os artistas não poderiam mais seguir sua imaginação e criatividade.
            A arte Bizantina pode ser dividida em dois momentos que marcam essa divisão que se deu em função de ideias e conflitos religiosos e filosóficos que acabaram por destruir grande parte das pinturas, esculturas e mosaicos das igrejas. Os grupos que eram contra qualquer imagem de natureza religiosa eram chamados de iconoclasta (O termo iconoclastia significa literalmente “quebrador de imagem”. Iconoclastia é o nome do movimento político-religioso que iniciou no Império Bizantino no século VIII e que rejeitava a veneração de imagens religiosas por considerar o ato como idolatria). Somente por volta do século IX é que as imagens voltam a decorar as Igrejas.
            A arte Bizantina é uma arte de caráter, eminentemente religioso.
             
 Principais características:

            Pintura Bizantina não foi muito bem desenvolvida, pois sofreu a oposição do movimento iconoclasta. Este movimento, surgido na época, questionava a adoração de ícones como imagens e quadros de santos.
            Segundo a prática monoteísta, só Deus pode ser adorado e qualquer outra forma de veneração ou contemplação é repudiada e considerada idolatria. Desta forma, as estátuas e quadros não eram admitidas.
            As técnicas de pintura variavam entre tipos distintos. Existiam trabalhos de pintura em quadros, em painéis portáteis, ilustrações de livros e afrescos. Com predominância da temática cristã. As imagens privilegiavam as figuras de Cristo e da Virgem Maria.
            Destaque para os afrescos (pinturas feitas em paredes, principalmente de igrejas), miniaturas (para ilustrar livros) e ícones (pinturas em painéis). O tema religioso predominou, principalmente a pintura de imagens de Cristo e da Virgem Maria.

Arquitetura
            Neste campo artístico destacaram-se as construções religiosas. Igrejas majestosas, espaçosas e imponentes, destacaram-se como expressão da arquitetura neste período. Para possibilitar estas características foi necessário o uso de cúpulas, com sustentação por meio de colunas. Estas exibiam capiteis (parte superior da coluna) decorados com ouro. E assim eram construídas as igrejas bizantinas. A Igreja da Ressurreição é um exemplo do jogo de cores e detalhes expressados na arquitetura bizantina.
            Na arquitetura podemos destacar a construção de grandes e imponentes igrejas, cuja característica principal era a presença de cúpulas sustentadas por colunas. As decorações e pinturas religiosas, no interior das igrejas, eram muito utilizadas. O principal exemplo deste tipo de arquitetura é a Basílica de Santa Sofia (localizada na atual Istambul).

Escultura
            Muito influenciada pelo Oriente, tinha características como: a rigidez, a uniformidade, a presença de folhagens estilizadas, contava com linhas geométricas bem demarcadas, e a ausência de naturalidade. Um material muito usado era o marfim.
             
Mosaicos

            Os mosaicos ganham destaque especial na arte Bizantina como expressão máxima desse período. Os mosaicos eram confeccionados com pequenos pedaços de pedras e vidros sobre cimento fresco. Os mosaicos ilustravam além das passagens bíblicas, retratos do imperador. Justiniano e seu Séquito (547 d.C.) é um bom exemplo da aplicação dessa técnica. Nele as figuras humanas são representadas com corpos alongados e rígidos, cabeças e pés pequenos com grandes olhos, toda representação de movimento na cena é excluída, sugerindo um novo ideal de beleza.


Leia o texto e responda as questões abaixo: (Responda no caderno)

 A intolerância religiosa é um dos problemas mais delicados do mundo. O fanatismo religioso conduz algumas pessoas a realizarem guerras ou conflitos contra as outras, em nome de sua religião.  A questão é preocupante porque envolve o ser humano em sua mais pura essência quando sua crença religiosa é colocada em jogo.
            Intolerância religiosa é um termo que descreve um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas. Que somadas a falta de habilidade ou a vontade em reconhecer e respeitar diferentes crenças de terceiros, é considerado um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.
            Neste contexto, a perseguição pode tomar vários rumos, desde incitamento ao ódio até a torturas e espancamentos.
            Mas a perseguição não é um problema atual. Ela ocorre desde os primórdios da antiguidade, quando os primeiros cristãos foram perseguidos por judeus e pagãos. “Depois que o Imperador Constantino outorgou o Édito de Milão, que impedia que os cristãos fossem perseguidos, o Cristianismo tomou o rumo do crescimento. Os cristãos ganharam o direito de professarem livremente sua religião”.
- O direito de ter uma religião e crer num ser divino;
- O direito de não ter uma religião e não crer em um ser divino;


            Durante o século XX, a perseguição religiosa atingiu proporções nunca vistas na história. A perseguição em massa dos povos judeus pelos nazistas, fase mais conhecida como o Holocausto, vitimou milhares de pessoas, não apenas pela raça, mas especificamente contra os seus ideais religiosos.
            Reconhecendo que a prática de intolerância religiosa constitui violação no Estado Democrático de Direito, contribui não apenas para preservar os direitos fundamentais das pessoas, mas também para a laicidade do Estado, que tem por finalidade construir uma sociedade livre, justa e solidária.
            Diante deste conceito amplo, podemos resumir como liberdade religiosa:

- O direito à neutralidade religiosa em espaços de uso comum (públicos).

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